ATIVIDADE COMPLEMENTAR 2 - 8º ANO
Unidade temática: Lógicas comerciais e
mercantis da modernidade.
Subtema: Escravidão no Brasil
TEXTO 1
A
era da escravidão
Na primeira vez que viu o mar, Olaudah
Equiano também avistou um navio negreiro ancorado à sua espera, na costa da
Guiné, área ocidental da África. Nascido em 1745, em Eboe, no atual território
da Nigéria, Olaudah tinha 11 anos quando foi raptado de casa para ser vendido
como escravo. Não era o único: entre 1501 e 1870, mais de 12,5 milhões de
pessoas foram arrancadas do continente africano para trabalhar forçadamente no
outro lado do Oceano Atlântico. O comércio de escravos negros já exista muito
antes dos europeus pisarem na América, mas foi a descoberta de novas terras que
alçou o tráfico negreiro a um patamar inimaginável e transformou a África (e o
mundo) para sempre.
Uma vez rendidos, homens, mulheres e
crianças eram levados em marcha forçada até o litoral, onde eram embarcados nos
navios negreiros. Equiano cruzou o Atlântico junto a negros originários de diferentes
povos, amontoados e acorrentados no interior da embarcação. Temeu a figura do homem branco, que até então
nem conhecia, sobretudo depois de ter sido açoitado por não comer, e viu
companheiros serem castigados e mortos por traficantes.
Muitos deles tentaram pular no mar em
busca de alívio com a própria morte. No século 16, a travessia podia levar
meses, a depender das condições climáticas, mas, na metade do século seguinte,
quando
Olaudah
esteve a bordo, a viagem durava ente 30 e 50 dias. Era comum que crianças
viajassem no convés, um “benefício” concedido a Olaudah, que assim escapou das
agruras dos porões.
Dos 12,5 milhões de negros embarcados na
África, 20% não chegaram vivos ao destino, vítimas de disenteria, escorbuto,
varíola, sífilis e sarampo, ou da brutalidade dos comandantes. Muitas vezes, os
corpos dos mortos jaziam por dias junto dos vivos até serem lançados ao mar.
Devido a graves infecções oculares, era comum o desembarque de escravos cegos.
Em terra firme, a situação do escravo não
era muito melhor: a “vida útil” média de um africano nas plantações não passava
de cinco anos e, aos 30 anos de idade, a maioria estava fisicamente arruinada.
FONTE
: https://super.abril.com.br/especiais/a-era-da-escravidao/
TEXTO 2
Exploração da mão de obra de africanos
escravizados no Brasil
A escravidão no Brasil iniciou no
século XVI com o processo de colonização das terras brasileiras. Os portugueses
passaram a cultivar a cana-de-açúcar e para isso explorou a mão de obra
escrava. Os africanos foram trazidos para o Brasil para realizar trabalho
forçado, sem pagamento, mediante relação de subsistência e sob ameaças e
violência.
O transporte de escravos da África para o
Brasil era feito em condições precárias, amontoados nos porões de navios.
Durante o trajeto, muitos homens e mulheres morriam e os corpos eram lançados
ao mar. Aqueles que sobreviviam a viagem eram vendidos no Brasil pelos
comerciantes portugueses como se fossem mercadorias.
O valor dos escravos era determinado pelo
sexo, idade e condição dos dentes, tal qual se avaliavam os animais na hora
compra. O preço dos escravos mais jovens, fortes e saudáveis poderia ser o
dobro daqueles mais fracos e mais velhos. Homens e mulheres pertenciam aos
donos de engenho. Eles podiam ser vendidos, doados, emprestados, alugados,
hipotecados ou confiscados.
A condição da vida escrava era desumana. Os
escravos se alimentavam de forma precária, vestiam trapos e trabalhavam em
excesso. Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no
trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições
de higiene, chamados senzala.
Além disso, eles viviam acorrentados para
evitar fugas, não tinham direitos, não possuíam bens e constantemente eram
castigados fisicamente. O regime de escravidão no Brasil foi marcado por uma
rotina de trabalho pesado e violência, onde os escravizados sofriam punições
públicas com frequência.
O tronco, o açoite, as humilhações, o uso de
ganchos no pescoço ou as correntes presas ao chão, eram bastante comuns no
período. Vivendo em condições precárias, a média de vida útil de um escravo
adulto era de 10 anos. As mulheres escravizadas eram exploradas para o serviço
doméstico, assim como eram exploradas sexualmente pelos seus donos.
Os escravos eram proibidos de praticar sua
religião ou qualquer outra manifestação cultural da África. Além disso,
eram forçados a seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho,
e eram obrigados a adotar a língua portuguesa como seu idioma. A escravidão no
Brasil impôs várias formas de humilhação e violência, ocasionando mortes e
sofrimentos a milhares de pessoas.
FONTE:
https://www.educamaisbrasil.com.br/
Assista ao vídeo
Percebemos
que a vida de um escravo era muito sofrível no Brasil. Vamos fazer uma viagem
no tempo, rumo ao Brasil colonial. Imagine que você foi captura na África para
ser escravo/a numa lavoura açucareira. Sua
tarefa é criar uma narrativa. Relate a captura no continente africano, viagem
no navio negreiro (tumbeiro), sua chegada ao Brasil e sua vida no engenho.
OBS:
Seu texto deve ter entre 15 a 20 linhas e três parágrafos:
-
Introdução
*
Quem participou? (de um nome ao personagem)
*
Quando fato aconteceu? (tempo)
*
Onde o fato aconteceu? (espaço)
* O
que aconteceu? (fato)
-
Desenvolvimento
*
Como aconteceu o fato? (enredo)
*
Por que aconteceu?
-
Conclusão (desfecho)
Eu acredito em você e sei que é muito capaz! Surpreenda-me!
Memórias de um/a escravo/a.
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