PLANO DE ESTUDO TUTORADO 4º VOLUME
Semana 1 História 8º ano
Unidade temática: Os processos de
independência das Américas
Subtema:Os governos e as sociedades americanas após a independência em relação á Espanha
Independentes, sim. Politicamente estáveis,
ainda não
Analisar o processo de independência da
América Espanhola significa mergulhar num tempo em que nos remete à ideia de um
povo que foi oprimido por um grupo dominante, impondo com violência sua cultura
e estrutura política, buscando explorar até chegar ao limite às riquezas que
estas terras poderiam produzir. É quase certo representar em nosso imaginário
os líderes Simon Bolívar e José de San Martin como autênticos “Libertadores da
América”. Seria natural esperar que as nações criadas ou libertadas à partir da
luta destes idealistas, agindo contra o julgo opressor europeu, se tornassem
exemplos máximos de liberdade, democracia e igualdade social. Entretanto, a
história destes países recém-criados enquanto nação independente, não floresceu
como a sociedade igualitária que seria comum esperar.
Não podemos esquecer que apesar de terem
conquistado uma independência através batalhas heróicas e idealistas, com
intensa participação popular, a liderança destas rebeliões estava a cargos da
elite Criolla, ou seja, quem estava no poder destes revolucionários eram em sua
maioria filhos de espanhóis, educados na Europa e que já gozavam de prestígio
político na colônia. Apesar de optarem por regimes republicanos após se
libertarem da opressão espanhola, os novos países independentes viram suas
sociedades entrarem numa violenta disputa pelo poder, culminando quase sempre
em guerras civis e alguns casos em repressoras ditaduras.
Países como Argentina e México não conseguiram
conciliar os interesses dos grupos dominantes, dividindo-se em alas mais
liberais e conservadoras, que alguns casos, desejosos da monarquia e passaram
anos em guerra civil, consolidando-se enquanto países unificados e
independentes décadas depois. Com a saída dos europeus da condição de sociedade
colonizadora das terras americanas, outra poderosa nação passaria a exercer a
condição de dominância no continente, o EUA. Valendo-se do que foi chamada de
Doutrina Monroe, os norte-americanos reivindicaram o direito de “garantir” a
independência dos países das Américas, proibindo qualquer nação europeia de
tentar recolonizar essas terras. Essa supremacia americana, bem como sua
influência política e econômica sobre os demais países, deu aos estadunidenses
a condição de defender o lema: América é para os americanos, resta-nos
compreender se nesta frase os americanos são todos os cidadãos nascidos no
continente ou estão se referindo a eles próprios. No esteio desta Doutrina
Monroe, países como Cuba e Porto Rico tornaram-se uma espécie de protetorados
norte-americanos no século XIX.
As sociedades mais massacradas durantes
séculos de exploração e opressão europeia com certeza foram os indígenas e os
africanos escravizados. Se o ideal Iluminista presente nas realidades de grande
parte da elite Criolla, defendia o fim da escravidão e igualdade entre os homens,
as comunidades citadas não foram agraciadas de imediato com estes direitos na
maioria das terras independentes. Os indígenas tiveram grande parte de suas
terras desapropriadas e controladas por fazendeiros. Em algumas localidades
foram perseguidos e expulsos destas regiões e continuaram marginalizados na
maioria destes países.
Os africanos escravizados tampouco
obtiveram liberdade imediata. Apesar de países como Chile e México terem
abolido da escravidão na primeira década pós independência, a grande maioria
dos países mantiveram este sistema escravocrata por décadas. Cuba, por exemplo,
aboliu a escravidão somente em 1886. A resposta do porquê da demora em
libertá-los é simples. A elite Criolla que liderou as rebeliões de
independência e que permaneceu no poder nos países recém criados, também eram
proprietários de escravizados. Torná-los livres representaria aumentar os
custos de suas produções, uma vez que grande maioria também era de fazendeiros.
OLÁ! Diferente dos PETs anteriores , o
PET 4 tem textos suportes. Então leia com atenção o texto e responda as
questões.
ATIVIDADES
1 — Em 1960 iniciava-se no continente
sul-americano uma competição de futebol de clubes, reunindo o campeão nacional
de cada país integrante da Confederação sul-americana de futebol. Chamando-se
inicialmente de Copa dos Campeões da América, o torneio logo passou a ser
conhecido como Copa Libertadores da América. Na história dos países
sul-americanos, quais idealistas são considerados os Libertadores da América e
qual processo de revolução político e social eles lideraram no século XIX?
RESPOSTA PESSOAL- Qual o nome dos dois grandes libertadores da América espanhola? Qual o desejo deles?
2 — Com base no texto estudado e com auxílio de seu livro didático, responda.
a) O que foi a Doutrina Monroe?
RESPOSTA
PESSOAL-Leia com atenção o texto suporte. O que os governantes dos EUA queriam
da América Latina?
b) Países como Cuba e Porto Rico,
tornaram-se realmente independentes no século XIX? Justifique.
RESPOSTA
PESSOAL- Leia o texto com atenção e retorne a questão anterior.
c) A elite criolla tinha interesse em
promover a imediata libertação dos escravizados? Justifique.
RESPOSTA
PESSOAL- A elite criolla era a classe social mais rica .Será que eles queriam a
libertação dos escravos? Por quê?
3 — Em sua opinião o processo de independência trouxe liberdade a todos os habitantes das América Espanhola? Estas ações estão de acordo com os ideais Iluministas? Justifique.
RESPOSTA
PESSOAL – O lema do iluminismo é liberdade e igualdade. Todos os habitantes da
antiga América espanhola tiveram liberdade e eram tratados com igualdade? Por quê?
Assista ao vídeo sobre a doutrina Monroe
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