terça-feira, 22 de setembro de 2020

Plano de estudo tutorado volume 4 - semana 3 - 6ºano

PLANO DE ESTUDO TUTORADO VOLUME 4

3 º SEMANA HISTÓRIA 6º ANO

Unidade temática – A invenção do mundo clássico e o contraponto em outras sociedades.

Subtema: A formação da civilização grega e seus períodos

                              Grécia Antiga, a civilização das idéias

    Por volta de 1.100 a.C, às margens do Mediterrâneo na região hoje conhecida como Balcãs, florescia uma das mais brilhantes civilizações da história da humanidade, a civilização Grega. A Grécia dos filósofos e pensadores, dos matemáticos, da mitologia onde deuses tornam-se humanos e humanos torna-se imortais, a Grécia dos Jogos Olímpicos, da política e da democracia. Ao longo dos anos várias cidades-estado gregas destacaram-se por seus feitos, seja na ciência de seus habitantes ou na coragem de seus guerreiros, onde podemos destacar as cidades de Esparta e Atenas.

     Para melhor compreender a história da formação dessa civilização, houve a necessidade de dividir sua evolução política e social em cinco períodos: Período pré-Homérico, Período Homérico, Período Arcaico, Período Clássico e Período Helenístico. O primeiro deles, o Pré-Homérico, compreende aproximadamente os anos de 2.000 a.C a 1.100 a.C e remonta a formação desta civilização. Ao longo deste período vários povos estabeleceram-se na região, com destaque inicial para os Aqueus, os primeiros a desenvolverem importantes centros urbanos, especialmente a cidade de Micenas. Posteriormente, outros povos como Éolos e Jônios também fixaram-se na região, favorecendo o crescimento das relações dos micênicos com a Ilha de Creta, importante posto comercial do Mediterrâneo. Uma sucessão de invasões, começando com aqueus invadindo os cretenses e finalmente os Dórios invadindo toda a

região da Hélade (Grécia), desestabilizou a vida social existente e pôs fim ao que chamamos de período Pré-Homérico.

    Após a violenta invasão dórica grande parte da civilização grega espalhou-se pelo continente europeu, naquilo que foi chamado de Primeira Diáspora Grega. Os habitantes que ficaram na região invadida experimentaram uma grande ruralização da sociedade. Era o início do Período Homérico (1.100 a.C a 800 a.C). A vida urbana de antes das invasões deu lugar ao convívio de membros de uma mesma família em uma propriedade de terra, onde todos trabalhariam e colheriam os frutos do seu trabalho, voltados essencialmente para a atividade agropastoril. Essas propriedades familiares foram chamadas de genos e no princípio não havia distinção social. Ao longo dos anos o número populacional dos genos foi crescendo sem controle e a vida dessas comunidades foi ficando mais complexa e mais tensa, sendo necessário centralizar a liderança política, judicial, administrativa e religiosa na figura de um líder, que receberia o título de pater. Os habitantes que não eram tão próximos ao pater passaram a reivindicar melhores participações nas divisões de terras, gerando instabilidade política e social. Os genos passariam a ser controlados por aqueles que tivessem acesso as melhores armas e ferramentas. Ao longo dos anos, genos diferentes foram se unindo, criando comunidades mais complexas chamadas demos, colocando fim ao Período Homérico.

      O Período Arcaico compreende os anos 800 a.C a 500 a.C e marca a transição da vida ruralizada da sociedade dos genos para uma vida mais complexa nos demos, onde as terras passaram a pertencer a uma elite privilegiada, excluindo a grande maioria dos habitantes sem posse. Estes habitantes insatisfeitos com vida sem privilégios espalham-se pelas demais ilhas gregas, ocasionando a Segunda Diáspora e criando importantes rotas comerciais entres essas localidades. Nos núcleos urbanos com o poder centralizado numa elite privilegiada, o aumento populacional e o aumento das atividades econômicas revolucionaram o modo de interação dos habitantes, criando as primeiras cidades-estado gregas ou como foram denominadas, as Polis.

     O Período Clássico irá compreender as transformações políticas entre os anos 500 a.C e 338 a.C e marca o desenvolvimento autônomo, político-econômico de grandes Polis gregas, em especial, Esparta, Atenas e Tessália. Foi durante o período clássico que a sociedade grega das grandes cidades passou a ocupar melhor os espaços públicos, onde filósofos encontravam-se para debater sobre questões políticas e econômicas, fazendo surgir as primeiras ideias sobre democracia.

      O Período Helenístico (338 a.C a 146 a.C) marca o florescimento e difusão da cultura grega por outros continentes. O fator mais importante para que essa difusão acontecesse foi o domínio da Macedônia sobre os gregos à partir 350 a.C, onde o rei Alexandre, O Grande, criador de um império que chegava até às Índias, atuou como grande divulgador da cultura helenística.

MOMENTO DA CURIOSIDADE

A palavra política tem origem nas relações públicas entre os cidadãos das Polis. Portanto, sempre que um grego debatia ideias de interesse comunitário em espaços públicos ele estava fazendo política.

PARA VOCÊ LEMBRAR:

O período pré-Homérico é marcado pelos grandes centros urbanos e atividades comerciais com a Ilha de Creta; Genos eram propriedades de terras onde viviam membros de uma mesma família no período Homérico;

Demos eram originados à partir da união de vários genos, deixando de lado o caráter familiar da propriedade das terras;

Alexandre, o Grande, foi o responsável pela difusão da cultura helenística ao levar os costumes gregos para as terras que conquistava com o Império Macedônico.

OLÁ! Diferente dos PETs anteriores , o PET 4 tem textos suportes. Então leia com atenção o texto e responda as questões.

ATIVIDADE

1 — Pesquise no seu livro didático ou na internet a definição dos seguintes termos gregos:

a) Democracia:

b) Política:

c) Aristocracia:

d) Diáspora:

RESPOSTA PESSOAL – Leia o texto suporte com atenção.

2 — Explique a diferença entre os Genos e os Demos na sociedade grega durante o Período Homérico.

RESPOSTA PESSOAL – Leia o texto suporte com atenção.

3 — Leia o trecho do artigo e responda.

 A ideia de uma História Antiga foi desenvolvida por pensadores [europeus] do Renascimento. Para eles, era a História Antiga do seu mundo. Mas é ainda a História Antiga do nosso mundo? [...] De fato a própria ideia de História antiga representa uma visão europeia da História, certo modo de ver a História mundial de uma perspectiva europeia. Em escolas e universidades brasileiras, a História é ensinada como uma sucessão evolutiva que chega ao presente, seguindo certos períodos: Pré-história [...] depois História Antiga; Medieval; Moderna e Contemporânea. Só existe História na Europa. Até mesmo o Brasil e as Américas só são incluídos [...] depois de sua “descoberta” pelos europeus, isto é, só quando se tornam uma parte da História da Europa [...] O Império Romano, que constituiu a maior unidade política dentro do que chamamos História antiga incluiu áreas que ninguém hoje definiria como europeias: o norte da África, partes do Oriente Médio, talvez a Turquia.

GUARINELLO, Norberto Luiz. Uma morfologia da História: as formas da História Antiga.

a) A versão da História Antiga, criada pelos europeus, representa bem a História do mundo ou a do Brasil? Justifique.

RESPOSTA PESSOAL – No início do ano, disse para vocês que Historia é uma versão dada pelo historiador. A versão européia será igual de outros povos? Por quê?

b) O que era considerado clássico ou antigo para os europeus do Renascimento pode ser considerado clássico para as pessoas da nossa sociedade também? Justifique.

RESPOSTA PESSOAL- Retorne a questão anterior.

Assista ao vídeo sobre a Grécia Antiga



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