quinta-feira, 16 de setembro de 2021

PLANO DE ESTUDO TUTORADO 3 SEMANA 5- 8º ANO

PLANO DE ESTUDO TUTORADO 3

SEMANA 5 - 8º ANO

Unidade temática: O Brasil no século XIX 

Subtema: Brasil Império : Segundo Reinado - 2º PARTE

                  

                           Os anos finais do Império (1870 a 1889) 


A Guerra do Paraguai gerou algumas consequências negativas para o Brasil: endividamento com bancos ingleses e inflação devido à emissão de moedas. Além disso, o exército brasileiro, preterido frente à Guarda Nacional, ganhou destaque na sociedade, mas não influência política (os soldados e líderes militares lutaram ao lado de argentinos e uruguaios, governos republicanos. Combateram o presidente Solano López, general e presidente do Paraguai). O uso de escravos nos combates, em troca da liberdade, gerou uma “empatia” dos militares com a causa abolicionista. Ademais, em 1870, foi fundado o Partido Republicano

Ou seja, os gastos da guerra, a pressão pelo fim da escravidão, os exemplos republicanos e a falta de participação política de determinados setores sociais no sistema excludente da política imperial, foi minando a força da monarquia (que se sustentava, principalmente, na elite cafeeira fluminense e no apoio da Igreja Católica). Situações conflituosas entre a monarquia e a sociedade (Questão Religiosa, Questão Escravista, Questão Militar e Questão Republicana) permitiram a derrubada da família imperial brasileira em novembro de 1889.

Questão Militar 

Após a Guerra do Paraguai, os militares passaram a ter maior visibilidade no cenário político. De uma mal organizada instituição, o Exército passou a atrair os olhos de jovens provenientes de classes sociais mais baixas. Apesar da vitória em terras estrangeiras, os salários e a própria carreira militar não eram alvo da atenção das autoridades monárquicas

Questão Republicana 

Disputa entre os defensores da Monarquia e os seus críticos, que afirmavam que a Monarquia era um entrave ao desenvolvimento nacional. Após a Guerra do Paraguai, há o aumento do prestígio dos militares, que eram defensores da ideia da República. 

Questão Religiosa 

Conflito ocorrido na década de 1870 iniciado como o enfrentamento entre a Igreja Católica e a Maçonaria, e que desencadeou em uma grave questão de Estado. Suas causas são fundadas em divergências irreconciliáveis entre o liberalismo e o regime do padroado

Questão Escravista 

O abolicionismo ganhou fôlego após a Guerra do Paraguai. Na América, o fim da escravidão no EUA, na década de 1860, tornara o Brasil a única grande nação escravista no continente, além de Cuba. O escravismo brasileiro era atacado no exterior por ligas inglesas favoráveis aos direitos humanos. Internamente, libertos, abolicionistas, republicanos e liberais combatiam o “infame comércio”. O movimento pela emancipação dos escravos no Brasil, iniciou-se em 1850, com a Lei Euzébio de Queirós, que proibia o tráfico interoceânico. Depois foram aprovadas as leis do Ventre Livre ou Rio Branco (28 de setembro de 1871) e dos Sexagenários ou Saraiva-Cotegipe (28 de setembro de 1885). Em 13 de maio de 1888, com a assinatura da Lei Áurea, todos(as) os(as) escravos(as) se tornaram libertos(as). A falta de indenizações aos proprietários escravistas lesou o direito de propriedade e acelerou a queda do Império (republicanos do 13 de maio).


O café desponta como principal produto da economia brasileira. 

Desde o início do século XIX, pelo menos, o Vale do Paraíba se viu ocupado por extensas fazendas de café. Até 1870, essa região foi a principal produtora do café exportado pelo Império brasileiro. Desde a segunda metade do XIX, muitos fazendeiros buscaram novas áreas de cultivo no centro-oeste paulista, impulsionado pelo solo de terra roxa

Com o crescimento da produção cafeeira, iniciou-se, também, a instalação de ferrovias para atender ao deslocamento da produção de fazendas afastadas do litoral

A modernização econômica do Império esteve atrelada à tarifa Alves Branco (1844), que aumentou os impostos sobre vários produtos importados e incentivou a produção nacional; e pela lei Eusébio de Queirós (1850), que proibiu a entrada de escravizados(as). O capital que deixou de ser gasto com a compra de cativos(as), somado ao capital gerado pela venda de café, foi sendo investido em novos negócios.

Nesses novos negócios se destacou o Barão de Mauá, entusiasta da industrialização nacional e que criou diversas empresas.

Vale destacar também que, ainda no Império, iniciou-se a extração de borracha na floresta amazônica. O ciclo econômico da borracha, que atendia com essa matéria-prima a expansão industrial europeia e estadunidense, enriqueceu a elite da região e foi atividade econômica de destaque até a terceira década do século XX. 

Deve-se ressaltar também que, além dos produtos de exportação conhecidos e famosos na história nacional, o Brasil possuía um gigante mercado interno, que gerava um grande volume de capital. Criação de gado, produção de alimentos e confecção de tecidos se destacaram na economia brasileira . Sobre as relações econômicas no Império, leia este relato: 

“Os tropeiros, muitas vezes pequenos comerciantes independentes, compravam suas mulas, numa feira de gado que se realizava ao sul da província de São Paulo, de condutores que as traziam em grande quantidade do Rio Grande do Sul. Além de transportar as colheitas até os portos, os tropeiros ligavam as cidades do interior na direção norte, unindo as ricas zonas cafeeiras de São Paulo e do Rio de Janeiro com as regiões produtoras de açúcar da Bahia e de Pernambuco e, indo além, com o Piauí, o Maranhão e o Pará. Alguns acabavam comprando terras e se tornavam fazendeiros. Enquanto cidades portuárias se preocupavam mais com o comércio oceânico com a Europa do que com o intercâmbio comercial entre uma e outra, a região interiorana de cada uma delas estava interligada por uma rede de caminhos entrecruzados por onde viajavam tropas de mulas”.


1 - Quais elementos compõem as causas para a queda da Monarquia brasileira?

RESPOSTA PESSOAL- Leia com atenção as questões que estão sublinhadas no texto .

 

2 - Leia o texto:  

A produção cafeeira montada no Vale do Paraíba caracterizava-se por um sistema de uso da terra no qual as matas e capoeirões substituíram a adubação do solo. Assim, a possibilidade, ao longo do tempo, de continuidade ou ampliação da produção existia em função direta da quantidade de solo virgem. O uso continuado criava, nas fazendas, três tipos de terreno, que tinham, por sua vez, diferente valor: as terras em pasto, resultado de antigos cafezais improdutivos e, portanto, menos valorizadas; os cafezais, que, dependendo da sua idade, possuíam maior valor; as matas, tipo de terreno mais valorizado, pois definiam as possibilidades de futuro da produção”. 

FRAGOSO, J. L. R.; RIOS, A. M. L. Um empresário brasileiro nos oitocentos. In: Resgate – Uma janela para os oitocentos. CASTRO, H. M. M. de; SCHNOOR, E. (orgs.). Rio de Janeiro: Topbooks, 1995. p. 203.

Segundo o fragmento de texto, como se deu a expansão da cafeicultura no Segundo Reinado brasileiro?

RESPOSTA PESSOAL - Leia com atenção o texto da atividade com destaque as palavras em negrito .


3 - (Unesp - adaptada) O Segundo Reinado, preso ao seu contexto histórico, não foi capaz de dar resposta às novas exigências de mudanças. Quando se analisa a desagregação da ordem monárquica imperial brasileira, percebe-se que ela se relacionou principalmente com a:

a) estrutura federativa vigente e a conspiração tutelada pelo exército.

b) bandeira do socialismo levantada pelos positivistas.

c) eliminação da discriminação entre brancos e negros.

d) abolição da escravidão e o desinteresse das elites agrárias com a sorte do Trono.


4 - (Unesp - adaptada) O transporte ferroviário no Brasil, da segunda metade do Século XIX ao início do Século XX, mereceu prioritariamente o interesse estatal e particular. As condições históricas relacionadas com a ampliação da rede em ritmo crescente foram:

a) expansão da cafeicultura, principalmente em São Paulo, e o escoamento da produção para o exterior.

b) reservas de minério de ferro, do quadrilátero ferrífero, pouco acessíveis e demasiado distantes dos centros urbanos mais expressivos.

c) políticas de industrialização e de reflorestamento.

d) capitais externos em busca de lucros para a indústria automotiva e para as empresas distribuidoras de petróleo.



 

 


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