PLANO DE ESTUDO TUTORADO 1
SEMANA 1 - 8º ANO
Unidade temática: O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias. Humanismos, Renascimentos e o Novo Mundo
Subtema: Modernidade,
Renascimento e Reforma
O termo Idade Moderna, apesar de identificar algo novo ou atual, não se refere aos nossos tempos, ao século XXI. Ele se refere, historicamente, ao período compreendido entre os séculos XV e XVIII e foram os europeus desse tempo que se autodenominaram modernos. Para alguns historiadores, a Idade Moderna foi um grande período de transição do mundo medieval feudal para o mundo capitalista e burguês, dentro da conhecida periodização da história, estendeu-se de 1453 a 1789. É importante que a gente perceba que essa divisão é eurocêntrica, uma vez que levam em consideração os acontecimentos e a realidade da Europa ocidental.
Nesse período coexistiram permanências do mundo medieval e elementos que formaram as bases do sistema capitalista. A economia agrária, os
privilégios da nobreza, os valores sociais baseados na tradição, no sangue, e a
apropriação privada do Estado eram aspectos do mundo medieval. Mas,
paralelamente, profundas transformações sociais e culturais ocorriam nesse
período de transição: mudaram as relações entre os diferentes grupos
sociais, as visões do mundo e as crenças, outras formas de trabalho, de poder. A
Idade Moderna não era essencialmente capitalista e já não era mais medieval.
A passagem da Idade Média para a Moderna
foi marcada pelo fortalecimento do poder
dos reis. Ao contrário do que ocorrera durante a Idade Média em que os
nobres detinham o poder político, por terem seus próprios exércitos, fazerem
suas próprias leis, determinarem os impostos, cunhavam suas moedas, escolherem
seus sistemas de pesos e medidas, na transição do período medieval para o moderno,
ocorreram mudanças. Houve a centralização
do poder e inaugurou uma política
absolutista. O poder era voltado somente aos reis, neutralizando a
participação dos cidadãos nas decisões políticas. A nobreza detinha privilégios
econômicos, jurídicos e sociais; sobrando ao povo, impostos e retaliações.
No entanto o próprio desenvolvimento das atividades comerciais, a necessidade
da uniformização de moedas, sistemas de pesos e medidas, leis e mesmo de
segurança conduziu à aproximação dos
interesses da burguesia e do Rei.
Nesse período, novas práticas econômicas
estabeleceram-se por meio do mercantilismo,
que esteve presente no contexto político do absolutismo monárquico como um
conjunto de medidas econômicas que garantia às monarquias acumular internamente grande quantia de metais preciosos, tendo
como base para isso os lucros com as
atividades comerciais e principalmente
pela exploração das colônias. Com o
interesse de enriquecer a nação (principalmente a burguesia) e reforçar o poder
real (Estado), o mercantilismo perdurou até o século XVIII, passando por varias
transformações e adaptações para adequar-se à realidade e a conjuntura
econômica de cada país da Europa Ocidental.
Estas transformações políticas e econômicas
vieram acompanhadas de uma nova visão de
mundo, que se manifestou na cultura de maneira de geral. A cultura medieval
se caracterizava pela religiosidade. A Igreja Católica controlava as
manifestações culturais e dava uma interpretação religiosa para os fenômenos da
natureza, da sociedade e da economia. A esta cultura deu-se o nome de teocêntrica.
A miséria, as tempestades, as pragas, as enchentes, as doenças e as más
colheitas eram vistas como castigos de Deus. Assim como a riqueza, a saúde, as
boas colheitas, o tempo bom, a fortuna eram bênçãos divinas. A própria posição
que o indivíduo ocupava na sociedade (nobre, clérigo ou servo) tinha uma
explicação religiosa. Essa visão de mundo não combinava com a experiência burguesa. Essa nova classe devia a sua
posição social e econômica ao seu próprio esforço e não à vontade divina. O
sucesso nos negócios dependia da observação, do raciocínio e do cálculo.
Características que se opunham às explicações sobrenaturais, próprias da
mentalidade medieval. Por outro lado, era uma classe social em ascensão,
portanto otimista. Sua concepção de mundo era mais materialista. Queria
usufruir na terra o resultado de seus esforços. A visão de mundo da burguesia
estará sintonizada com a renovação cultural ocorrida nos fins da Idade Média e
no começo da Idade Moderna. A essa renovação denominamos Renascimento. O Renascimento foi um importante
movimento de ordem artística, cultural e científica.
A razão, de acordo com o
pensamento da Renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava
o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem
simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus. Outro aspecto fundamental
das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas
(humanismo), tal característica
representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na
rigorosa reprodução dos traços e formas humanas ( naturalismo ) . Esse aspecto humanista inspirava-se em outro
ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da
Antiguidade Clássica.
Essa nova postura do homem questionador
abalou o poder absoluto da Igreja Católica sobre a sociedade da Europa
Ocidental. A Reforma Religiosa foi
contemporânea do Renascimento, e também pode ser explicada pelas transformações
econômicas e sociais ocorridas na Europa na transição da Idade Média para os
tempos modernos. Todavia, enquanto o Renascimento foi um movimento de elite, a
Reforma envolveu todas as camadas sociais europeias. Podemos definir a Reforma
Religiosa como o movimento que rompeu a
unidade religiosa da Europa ocidental, dando origem a novas igrejas cristãs.
Finalmente a Igreja Católica perdeu o monopólio religioso que mantivera durante
a Idade Média. Essa reforma religiosa foi iniciada por Martinho Lutero, monge alemão que era
forte crítico das práticas imorais realizadas por membros
da Santa Sé, como as indulgências, a corrupção, a avareza. Os
escritos de Lutero foram divulgados por toda a Europa por meio da imprensa.
Seus questionamentos deram origem ao luteranismo, e outros movimentos de
contestação do catolicismo deram origem ao calvinismo e anglicanismo
Segue abaixo um mapa conceitual sobre a
Idade Moderna
ATIVIDADE
1- Muitos
historiadores denominam Idade Moderna o período que vai do século XV ao século
XVIII. O texto a seguir discute o conceito de modernidade empregado nessa
denominação. Leia-o e faça o que se pede.
“ À primeira vista, talvez haja muito
poucas outras noções que contenham uma
dose tão considerável de fluidez e incerteza. Os compêndios referem-se ao
“Início dos Tempos Modernos” e à “Idade Moderna” como se tratando de coisas
absolutamente claras, evidentes mesmo. Mas, a rigor, o que vem a ser
[definir] uma época como “moderna”?
Contrastar o atual, o recente, ao que é velho e ultrapassado, seria uma
resposta possível a essa pergunta, comprovada através das ideologias que se
pretendem inovadoras face ao existente,
origem assim de sucessivas “modernidades”. Francisco
José Calazans Fálico. Introdução à história moderna. Contacto-Humanidades,
Rio de Janeiro, 13, p. 10-11, mar. 1977. Em: Adhemar Marques; Flávio Berutti;
Ricardo Faria (Org). História moderna através de textos. São Paulo: Contexto,
2008. P. 11.
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a) Pesquise em um dicionário de Língua
Portuguesa o significado da palavra moderno e registre-o no caderno. As
definições que você encontrou são parecidas ou diferentes com o seu
entendimento sobre essa palavra? Explique.
RESPOSTA:
Segue uma sugestão de link para pesquisa Moderno - Dicio, Dicionário Online de
Português
b) Segundo o autor, de que maneira se
define um período como época moderna? O que significava ser moderno na Europa
do século XVI?
RESPOSTA:
Leia o texto suporte com atenção. Observe a palavra em negrito , isso vai ajudar
na solução da questão.
2- A pintura a seguir foi feita por Lavínia Fontana, uma das mulheres mais proeminentes da arte renascentista. Observe a imagem e identifique as características da arte renascentista e em seguida, por meio de uma, pesquisa explique a participação das mulheres nesse movimento.
A Sagrada família com Santa Catarina de Alexandria
RESPOSTA:
-Leia
no texto o parágrafo que fala sobre o movimento Renascentista e observe com
atenção o mapa conceitual. A partir dessas informações você conseguirá analisar
as características renascentistas contidas na obra.
-
Provavelmente você já ouviu falar de Leonardo da Vinci, Rafael, Miguelangelo e
outros pintores renascentistas.
Você pode citar o nome de cinco pintoras? Se em 2021 as
mulheres ainda têm lutas por valorização, respeito e reconhecimento, como você
acha que pintoras como Lavínia Fontana era tratadas?
3- Aponte e explique os fatores que
propiciaram a disseminação das ideias reformadoras na Europa, apesar do enorme
poder da Igreja Católica nos séculos XV E XVI.
RESPOSTA:
Leia no texto o parágrafo que fala sobre a Reforma A partir dessa leitura você conseguirá responder a questão.
ASSISTA OS VÍDEOS SOBRE O
RENASCIMENTO E A REFORMA.
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