PLANO DE ESTUDO TUTORADO 6º VOLUME
Semana 4
História 8º ano
Unidade temática: O Brasil no século XIX
Subtema: O fim da escravidão no Brasil
Liberdade,
Liberdade!
Por mais de 300 anos a famigerada prática de
escravizar seres humanos foi um
negócio extremamente lucrativo no
Brasil. Entretanto, no século XIX, o país era um dos poucos a manter essa
prática desumana de sistema de trabalho e começou a sofrer forte pressão
inglesa para extingui-la. Importante lembrar que a passagem do século XVIII
para o XIX foi marcada pela disseminação do iluminismo na América, alimentando
um forte desejo abolicionista em parte das sociedades.
No Brasil, que após a independência resolveu
manter o sistema escravocrata, os imperadores, sobretudo D. Pedro II, passou a
sofrer uma intensa pressão da Inglaterra para acabar com o sistema
escravocrata, uma vez que os ingleses já haviam abolido essa prática e passaram
a usar sua força política para forçar outros países, dependentes de sua
economia, a fazer o mesmo. A teoria mais aceita sobre o motivo da Inglaterra em
acabar com a escravidão no Atlântico, sobretudo Brasil, era o interesse econômico em aumentar seu mercado consumidor, uma vez que sua
crescente produção industrial necessitava de mais compradores. O fim da
escravidão no Brasil iria favorecer a contratação de assalariados, possíveis consumidores
dos produtos ingleses.
A economia
brasileira focada na produção cafeeira
com mão-de-obra escrava dependia deste sistema, fazendo com que suas lideranças
ignorassem a pressão inglesa para acabar com a escravidão.
A resposta inglesa veio com a aprovação da
lei Bill Aberdeen em 1.845,
autorizando a Marinha da Inglaterra a apreender quaisquer navios negreiros no
Oceano Atlântico. Num período de dois anos (1849-1851), cerca de 90 navios
foram apreendidos, causando a revolta na sociedade escravocrata brasileira,
deteriorando a relação entre os dois países.
No
entanto, ciente que não poderia enfrentar o poderio inglês, foi aprovada no
brasil em 1850 a Lei Eusébio de Queiroz,
determinando o fim do tráfico negreiro internacional para o Brasil. A solução
encontrada pelos grandes fazendeiros foi aumentar o tráfico interno de escravos.
Em 1871 foi aprovada no Brasil a Lei do Ventre-Livre, declarando que
filhos de mulheres escravizadas que nascessem a partir desta data eram
considerados livres. No entanto, a criança ficaria com a mãe (escrava) até
completar 8 anos e só assim, mediante uma indenização do Estado, poderiam ser
libertadas. Sem a indenização, o fazendeiro poderia exigir a permanência da
criança em seu poder até a idade de 21 anos.
Em 1885 foi aprovada a Lei dos Sexagenários, libertando
qualquer escravizado que completasse a idade de 60 anos, ficando este a
trabalhar mais três anos para o fazendeiro como indenização. Os senhores de
escravos consideravam um bom negócio, visto que a grande maioria dos
escravizados não chegavam a esta idade e se chegassem, eram considerados
improdutivos.
Na década de 80 do século XIX, setores
abolicionistas da sociedade brasileira passaram a exercer forte pressão para o
fim da escravidão. Fugas eram promovidas, quilombos eram fortificados, deixando
grande parte dos fazendeiros em situação delicada mediante os desejos
abolicionistas.
No dia 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, provisoriamente no
poder, assinou a Lei Áurea,
determinando o fim da escravidão no
Brasil. O que poderia representar uma grande catástrofe à produção agrícola
brasileira, a abolição não modificou de imediato as relações entre escravizados
e fazendeiros num primeiro momento. Uma vez libertos e sem direito a
indenização, os escravizados não tinham garantia de sustento se deixassem
suas fazendas, fazendo com que muitos decidissem permanecer nas terras dos
senhores em sistema similar de trabalho. Em outros casos, os recém libertos
entravam em acordo com os senhores para continuar trabalhando nas fazendas em
troca de algum sustento e nas áreas urbanas, especialmente Rio de Janeiro e São
Paulo, buscavam algum sustento realizando serviços considerados perigosos para
a elite dominante. O que podemos afirmar é que a Lei Áurea foi um grande alento
aos humanos escravizados, uma vez que lhes concedia o direito inalienável de
serem, livres, mas não resolveu o grave problema do preconceito racial da elite branca dominante, determinando para os
recém libertos serviços considerados aviltantes e precárias moradias em
cortiços, onde era comum a proliferação de doenças. A abolição não resolveu o
problema do preconceito.
ATIVIDADE 1 - De acordo com o texto, qual a teoria mais aceita sobre os motivos do interesse inglês em extinguir a escravidão no Brasil?
RESPOSTA
PESSOAL- Leia o texto com atenção. Preste atenção nas palavras em negrito.
ATIVIDADE 2 – Explique as leis criadas
ao longo do século XIX que determinaram o processo gradual de abolição?
RESPOSTA
PESSOAL- Leia o texto com atenção. Preste atenção nas palavras em negrito.
ATIVIDADE 3 – Na sua opinião, a abolição
resolveu definitivamente o processo de discriminação das pessoas negras na
sociedade brasileira?
RESPOSTA
PESSOAL- Leia o texto com atenção. Preste atenção nas palavras em negrito.
Assista
ao vídeo sobre o fim da escravidão no Brasil