quarta-feira, 27 de outubro de 2021

PLANO DE ESTUDO TUTORADO 4 SEMANA 2 - 6º ANO

PLANO DE ESTUDO TUTORADO 4 SEMANA 2 - 6º ANO

Unidade temática: Lógicas da organização política 

Subtema: Surgimento e expansão do Islã


                                 Surgimento e expansão do Islã 


Atualmente o Islamismo é a segunda maior religião do mundo, atrás apenas do Cristianismo. Por diversos séculos os seguidores dessas duas religiões viveram em conflito devido a diferenças em suas crenças e valores. Entretanto, elas possuem mais em comum do que imaginamos, como, por exemplo, o fato de as duas serem monoteístas (crença em um único deus), descenderem direta ou indiretamente do Judaísmo, terem um livro sagrado e crerem em um profeta



O Islamismo surge na Península Arábica por volta do século VII com Maomé. O termo Islã significa submissão e seus seguidores são chamados de muçulmanos. Devido à sua origem, muitos confundem árabes com muçulmanos, mas precisamos diferenciá-los. Os árabes são descendentes dos semitas e compõem diversos povos com língua, escrita e outros costumes semelhantes. Já os muçulmanos são os seguidores do Islamismo. Sendo que existem países árabes em que a maioria da população não é muçulmana e há países de maioria muçulmana que não são árabes. 

Maomé nasceu no ano 571 do calendário cristão, na cidade de Medina. Ficou órfão ainda criança e foi criado pelo seu tio, que o ensinou a trabalhar como comerciante de especiarias. Casou-se com Khadijha, a viúva de um comerciante, e nesse contexto iniciou seus estudos religiosos. Apesar da predominância das religiões politeístas, Maomé passou a estudar o judaísmo e o Cristianismo. Segundo as tradições do Islamismo, por volta do século VII, Maomé teria tido visões do anjo Gabriel, que o revelava as

palavras de Alá (Deus em árabe). Assim, Maomé teria reescrito as palavras de Deus segundo sua própria interpretação e que hoje é o livro sagrado muçulmano: o Corão

Na cidade de Meca, Maomé passa a converter vários seguidores ao Islamismo e é perseguido por opositores de outras religiões, quando é obrigado a voltar para Medina em 622 d.C. - essa migração ficou conhecida como hégira e é considerada o marco inicial do calendário islâmico. Em 630 d.C., Maomé consegue tomar Meca com seu novo exército e espalhar ainda mais o Islamismo pela região. Após sua morte em 632 d.C., os muçulmanos se dividiram em dois grandes grupos: sunitas e xiitas. Os líderes religiosos passaram também a assumir lideranças políticas e se tornaram califas (sucessores de Maomé) e criaram diversos califados pelo mundo Árabe, Europa, África e Ásia.

Os seguidores do Islamismo precisam seguir cinco pilares da religião:

  • Credo: Crer que Alá é o único deus e que Maomé é o profeta

  • Oração: Orar cinco vezes ao dia virado para a cidade de Meca. 

  • Jejum: Não comer nada durante o dia no mês do Ramadã (nome de um dos meses do calendário islâmico). 

  • Caridade: Ajudar aos mais necessitados, doando 2,5% de seus lucros pessoais.

  • Peregrinação: Ir à Meca pelo menos uma vez na vida, se tiver condições físicas e financeiras.

Através dessa filosofia o Islamismo se espalhou, levando a palavra de Alá para diversos lugares, chegando até mesmo à Península Ibérica, onde hoje é Portugal e Espanha. Nessa região, os muçulmanos permaneceram por sete séculos e tiveram influências importantes para a cultura portuguesa e espanhola, como, por exemplo, a arquitetura, com seus ladrilhos coloridos; na alimentação e na ampliação do conhecimento da matemática, da astronomia e da medicina

Os muçulmanos difundiram a ideia da Jihad pelo mundo, que significa espalhar as palavras de Alá para todos que desejam se converter, mas com o passar do tempo, esse termo passou a ser compreendido como Guerra Santa, o que gerou diversos conflitos ao longo do tempo. 

A influência dos muçulmanos e dos árabes no mundo é enorme. Muitos dos escritos dos gregos e dos romanos foram guardados e até mesmo traduzidos para o árabe e só depois foram traduzidos para outras línguas. Os algarismos que utilizamos na matemática são de origem árabe, pois eles conseguiam chegar a números muito grandes e muito pequenos, já que utilizavam o número zero para seus cálculos. A medicina também se desenvolveu através dos árabes, pois nos reinos cristãos não se podia utilizar os corpos para estudo. 


ATIVIDADES


1 - Identifique uma relação entre as três religiões: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.

RESPOSTA PESSOAL- Observe com atenção a primeira imagem que inseri no documento. 

O que essas três religioes têm em comum?



2 - Explique o que é a hégira e o que ela representa para os muçulmanos. 

RESPOSTA PESSOAL- Leia com atenção o texto ( quarto parágrafo )  com destaque as palavras em negrito.


3 - Explique a diferença entre árabes e muçulmanos.

RESPOSTA PESSOAL- Leia com atenção o texto ( segundo parágrafo )  com destaque as palavras em negrito.


4 - Sobre os pilares do Islamismo, responda: 

a) Todo muçulmano é obrigado a ir para Meca? Justifique a resposta. 

RESPOSTA PESSOAL- Leia com atenção o trecho que explica os cinco pilares do Islamismo com destaque as palavras em negrito.


b) Quais as crenças de que eles precisam seguir ? 

RESPOSTA PESSOAL- Leia com atenção o trecho que explica os cinco pilares do Islamismo com destaque as palavras em negrito.


5 - Leia o texto: 

“Os três gols marcados pela Rússia no segundo tempo da goleada por 5 a 0 sobre a Arábia Saudita e o gol do Uruguai para vencer o Egito por 1 a 0 sendo anotado aos 44 minutos do segundo tempo têm um ponto em comum: a queda física e o aumento da fragilidade defensiva destas seleções no fim das partidas. O que poderia ser visto como simples coincidência na verdade é compreendido pelas estatísticas da primeira rodada da Copa do Mundo e por um fator externo pouco destacado na preparação para o torneio: o Ramadã vivido pelas seleções predominantemente islâmicas entre 16 de maio e 14 de junho.” 

Explique por que o Ramadã poderia ter interferido no rendimento dos atletas seguidores do Islamismo. 

No Ramadã , o jejum é uma prática obrigatória de todo muçulmano.Nesse periodo não pode ingerir  nenhum tipo de comida nem bebida  (incluindo água). A fé islâmica permite algumas exceções ao jejum. Assim, pessoas doentes, idosos, crianças, mulheres grávidas, em amamentação ou menstruadas . Nesses casos, o jejum pode ser reposto no restante do ano antes do próximo Ramadã. Em último caso, se a pessoa não tiver condição de cumprir o jejum, ela deve alimentar uma pessoa necessitada por dia de Ramadã.

RESPOSTA PESSOAL- Você acha que o jejum obrigatorio do período do Ramadã influenciou o rendimento dos atletas ?  De uma olhadinha no mapa do mundo muçulmano na questao 6. 


6 - O Islamismo é a segunda maior religião do mundo e seus seguidores estão em sua maioria na Ásia, África e Europa. As influências dos muçulmanos e árabes no mundo são enormes. 

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2009/10/635475-quase-67-dos-muculmanos-estao-na-asia-veja-mapa.shtml

Cite duas influências dos muçulmanos que interferem diretamente no nosso cotidiano e nas ciências.

RESPOSTA PESSOAL- Leia com atenção o texto ( último parágrafo )  com destaque as palavras em negrito.



PLANO DE ESTUDO TUTORADO 4 SEMANA 2 - 8º ANO

 PLANO DE ESTUDO TUTORADO 4 SEMANA 2 - 8º ANO

Unidade temática: O Brasil no século XIX

Subtema: Processo abolicionista no Segundo Reinado


                                        Brasil: da Lei Áurea à Lei de Cotas. 


Após a Lei Eusébio de Queiroz, que proibia o tráfico de escravizados(as), ganha força a campanha abolicionista no império do Brasil. Mais e mais pessoas passam a defender a liberdade dessa população penalizada como propriedades e sem liberdade. Mas, os principais donos de escravizados (as) eram, justamente, aqueles que detinham o poder de aprovar, ou não mudanças nas leis

O avanço do abolicionismo, atrelado às mudanças trazidas pela expansão industrial, associado à luta e resistência da população escravizada, foram pressionando por mudanças. Em 1871 foi promulgada a Lei do Ventre Livre, que libertava todas as crianças nascidas de ventre escravizado a partir daquele momento. Em 1885 foi promulgada a Lei do Sexagenário, que libertava, de forma compulsória, escravizados(as) maiores de 60 anos. Por fim, em 13 de maio de 1888, foi assinada a Lei Áurea, que extinguia a escravidão no Brasil

A libertação dos(as) escravizados(as), sem a indenização de seus donos e donas, fez que esses(as) passassem a apoiar a causa republicana (Republicanos de 13 de maio), o que acelerou a derrubada da Monarquia e a implantação da República.

Porém, o fim da escravidão não significou, necessariamente, inserção socioeconômica e melhoria da vida de negros(as) e pardos(as). Essa população continuou sofrendo discriminação, segregação, falta de empregos, de salários dignos, de moradia e, devido aos conceitos racistas da época, era defenestrada e preterida frente aos imigrantes brancos de origem europeia. As populações indígenas, consideradas “tolas” eingênuas”, além de ocuparem terras de interesses de fazendeiros e imigrantes, também foram vilipendiadas ( desprezadas ).

 “[...] o dia deve ser lembrado pela “farsa da abolição”. A celebração desta data esconde que o fim da escravidão foi resultado de um longo processo de resistência e luta e não de uma concessão dada pela princesa Isabel. É necessário afirmar que houve revoltas, rebeliões, formações de quilombos, movimentos urbanos e rurais, com apoio de intelectuais negros e brancos contra a escravidão e pela libertação do povo negro. [...]  A transição para a nova sociedade pautada pelo trabalho livre foi marcada pela exclusão violenta da classe trabalhadora negra operada pelo racismo institucional. Esse processo excludente foi responsável pela construção de barreiras sociais e econômicas como resposta das elites coloniais para dificultar a inclusão dos negros e negras no novo regime pós-abolição. [...] 

Exclusão 

Dados confirmam que os negros no Brasil ainda vivem uma “escravidão moderna” provocada por um profundo contexto de desigualdades. O estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que em 2018 o desemprego da população negra correspondia a 64,2% no país.As mulheres negras têm três vezes mais chances de serem vítimas de feminicídio, do que mulheres brancas. No mundo do trabalho, as trabalhadoras negras no Brasil são a maioria das chefas de família, mães solos, a maioria das trabalhadoras domésticas, muitas sem carteira assinada, muitas na informalidade. São as primeiras afetadas pela retirada de direitos, pela crise econômica e pelo desemprego”.

Sobre a política de cotas

 “[...] Com a política de ações afirmativas, é a primeira vez que o Estado brasileiro implementa políticas públicas a favor da população negra, pois, em toda a história do Brasil, essa população sempre foi alvo de políticas que a desfavoreciam. O que dizer de trezentos anos de escravidão? Quem foram os beneficiados? O que dizer da política imigrantista, do final do século XIX e início do século XX? Será que os beneficiados de tal política foram os ex-escravos e seus descendentes? São necessárias ações efetivas para enfrentar o problema da exclusão do negro no Brasil, mais que ‘boas intenções’, retórica política e debates acadêmicos”. 

“Apesar de nossa Constituição proclamar que os direitos devem ser iguais para todos os brasileiros, este ideal até agora não se concretizou para o povo negro como um todo.  Esse tratamento diferenciado não é um privilégio e, sim, uma tentativa de diminuir a enorme desigualdade social que exclui o povo negro. Criar políticas de ação afirmativa em benefício do povo negro, isto sim, é que é ‘democracia racial’, pois é criar oportunidades de acesso à completa cidadania, começando pela educação, levando em conta a diversidade étnica de toda a população”. 

Ações afirmativas são políticas públicas feitas pelo governo ou pela iniciativa privada com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos. Uma ação afirmativa busca oferecer igualdade de oportunidades a todos.

Além das questões dos(as) escravizados(as) e seus descendentes, é importante salientar a posição dos povos indígenas na política do Império do Brasil. Nessa questão , destacam-se o indianismo (valorização do índio, principalmente no Romantismo, como um elemento diferenciador da identidade nacional, e do seu passado, como o substitutivo de um período histórico lendário inexistente na história brasileira) e a política indigenista imperial (cidadania, mão de obra, soberania nacional e políticas específicas para as comunidades indígenas -remoção e reunião de aldeias). 


ATIVIDADES 

1 – Quais as leis abolicionistas promulgadas entre 1850 e 1888 no Brasil? 

RESPOSTA PESSOAL- Leia com atenção o quadro que inserir no texto.


2 – Por que as leis de cotas são um tipo de política de ação afirmativa

RESPOSTA PESSOAL - Leia com o texto sobre a política de cotas , com destaque as palavras em negrito.


3 – O que foi o indianismo? 

RESPOSTA PESSOAL- Leia com atenção o último parágrafo, com destaque as palavras em negrito.


4 – (Enem/2015) Leia com atenção os textos abaixo:

TEXTO I

Em todo o país, a lei de 13 de maio de 1888 libertou poucos negros em relação à população de cor. A maioria já havia conquistado a alforria antes de 1888, por meio de estratégias possíveis. No entanto, a importância histórica da lei de 1888 não pode ser mensurada apenas em termos numéricos. O impacto que a extinção da escravidão causou numa sociedade constituída a partir da legitimidade da propriedade sobre a pessoa não cabe em cifras. 

ALBUQUERQUE. W. O jogo da dissimulação: abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado). 

TEXTO II

 Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro tornou-se mais numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que antes, e com os africanos mais aculturados, certamente não se distinguiam muito facilmente dos libertos e dos pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também já não é razoável presumir que uma pessoa de cor seja provavelmente cativa, pois os negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte. 

CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). 

Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento destacado no Texto I que complementa os argumentos apresentados no Texto II é o(a) 

a) variedade das estratégias de resistência dos cativos. 

b) controle jurídico exercido pelos proprietários.

c) inovação social representada pela lei. 

ineficácia prática da libertação.

e) significado político da Abolição


PLANO DE ESTUDO TUTORADO 4 SEMANA 2 - 6º ANO

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